O plano de ensino: questões epistemológicas e pedagógicas; a relação teoria-prática; a indissociabilidade das dimensões da formação

No capítulo anterior, examinamos duas pedagogias antagônicas: a do capital e a do trabalho. Refletimos sobre como essas perspectivas podem impactar a construção dos Projetos Políticos-pedagógicos na EPT. Vimos que, sob a ótica do capital, o processo formativo tem como finalidade a adaptação dos sujeitos à lógica capitalista e sua sociabilidade. Na direção oposta, sob a perspectiva do trabalho, entendido como a forma pela qual os seres humanos produzem sua própria existência, o processo educativo deve promover a emancipação tal como proposto na Pedagogia Histórico-crítica. Neste terceiro capítulo, passaremos nossa análise para o plano de ensino. Iremos abordar como características mais gerais da EPT e aspectos específicos do próprio componente curricular se integram nesse documento apontando as opções político-pedagógicas assumidas pelo docente. Na última parte deste capítulo, iremos refletir sobre a relação teoria-prática como ponto nevrálgico nos processos de ensino, analisando, ainda, a relação do ensino com as dimensões formativas da pesquisa e da extensão.