Ao longo dessa unidade temática, discutimos sobre a inclusão na EPT de grupos que carregam em si marcadores sociais de exclusão, tais como: origem, cultura, classe social, cor e raça, gênero, orientação sexual, deficiências, dentre outros. O nosso objetivo é ampliar a discussão sobre as especificidades das pessoas que compõem o tecido social e que, potencialmente, são também pessoas da EPT.
Evidenciar a existência desses grupos marginalizados e sua necessária inclusão na educação de forma geral, e na EPT, especificamente, vai ao encontro do que preconiza a educação omnilateral.
Centrada no desenvolvimento integral do ser humano, a educação omnilateral promove um processo de aprendizagem que valoriza as múltiplas dimensões do indivíduo: social, emocional, cultural, cognitiva e ética. Então, o reconhecimento das diferenças surge como um elemento essencial, permitindo que a singularidade dos indivíduos seja respeitada e celebrada. Ao incorporar a inclusão como princípio fundamental, a educação se torna um espaço de acolhimento e equidade, na qual as barreiras são superadas em prol da participação plena de todos, independentemente de suas condições, origens ou habilidades.
Transcender a mera transmissão de conhecimento, compreender as diferenças humanas e sociais, cultivar uma convivência harmoniosa que valorize a diversidade e trabalhar em prol de uma sociedade mais justa e inclusiva é o que faz um povo viver integralmente a democracia e vislumbrar um futuro melhor.
Como forma de finalização, levanta-se a seguinte pergunta para contribuir na discussão de seu Memorial: de que maneira é possível articular políticas públicas, práticas pedagógicas e ações comunitárias para garantir que a EPT seja verdadeiramente inclusiva e reconheça a diversidade cultural, étnica e regional do Brasil, promovendo a equidade e a valorização das identidades locais e nacionais?