CAPÍTULO 2

Planejamento participativo, autonomia e emancipação estudante

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Somente quem escuta paciente e criticamente o outro, fala com ele, mesmo que, em certas condições, precise de falar a ele. O que jamais faz quem aprende a escutar para poder falar com é falar impositivamente. 

(Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia)

Neste segundo capítulo, abordaremos o planejamento participativo enquanto processo pedagógico e epistemológico que precisa promover a autonomia dos sujeitos – especialmente dos estudantes – na perspectiva de uma educação emancipatória . A própria Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, Lei nº 9.394/1996), em seu 35º artigo, prevê que a educação básica tem por finalidade, entre outras, a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico dos estudantes (Brasil, 1996).

Desdobramos este capítulo com três reflexões: planejamento participativo, autonomia e emancipação dos estudantes e conhecimento e autonomia. No entanto, cabe reforçar que são processos formativos integrados e indissociáveis, pois, ao planejar de forma participativa, já estamos desenvolvendo a autonomia dos participantes e promovendo a emancipação, assim como produzir conhecimento próprio já constitui a autonomia dos autores.