É importante refletir que as políticas e as ações voltadas ao fortalecimento da permanência estudantil na EPT se concretizam, principalmente, na Rede Federal, apresentando-se como um desafio à ampliação e à universalização destas políticas (como a assistência estudantil), programas e planejamentos (como os planos estratégicos) nas esferas estaduais e municipais, que também ofertam um número significativo de matrículas na Educação Profissional e, da mesma forma, vivenciam as questões que envolvem o abandono escolar.
Ao longo desta contextualização histórica, percebemos que as políticas e ações voltadas ao fortalecimento da permanência na EPT são recentes, necessitando ainda de um constante acompanhamento. Vimos que há marcos históricos que apontam a construção de ações que fomentem a permanência, apresentando também como um desafio executar ações voltadas à modificação da estrutura educacional que colabora para a dualidade estrutural e a exclusão escolar.
Tais constatações somente reforçam que a história da Educação Profissional não pode ser compreendida fora do contexto das discussões políticas, econômicas e sociais, bem como há a necessidade de vinculação do momento e espaço histórico para entender a evolução das discussões, índices, indicadores de abandono escolar e políticas de permanência.
Nos próximos capítulos, dialogaremos sobre os motivadores do abandono e da permanência estudantil na EPT, refletindo sobre as especificidades desta modalidade educacional e particularidades que envolvem seus sujeitos, apresentando possibilidades e estratégias realizadas para mitigar o abandono e fortalecer a permanência estudantil na EPT.