Considerações finais
Ao longo dos cinco capítulos que compõem esta unidade temática, buscamos esclarecer, sensibilizar e capacitar os cursistas à participação ativa e crítica nos processos de formulação, de avaliação e de reformulação de projetos político-pedagógicos e, ainda, dos planos de ensino destinados ao desenvolvimento da EPT.Sabemos que os diferentes tópicos abordados constituem objetos de estudos mais complexos e aprofundados e, em vista disso, convidamos todos a delinearem seus caminhos de estudo e pesquisa com base em seus interesses e necessidades. Buscamos pincelar questões e referências que possam colaborar como pistas na construção dessa trajetória.
No capítulo 1, "Que EPT queremos? O projeto político pedagógico de curso: finalidades, concepções e intencionalidades", buscamos compreender o que é o Projeto Político-pedagógico de Curso em suas finalidades; refletir sobre as dimensões política e pedagógica desse instrumento: concepções em disputa, intencionalidades e contradições em sua formulação e materialização; e refletir sobre a importância da participação docente nos processos de formulação, avaliação e reformulação do projeto político pedagógico de curso.
No capítulo 2, "O que nos guia? Perspectivas em disputa na organização do trabalho pedagógico na EPT", voltamo-nos para a análise da organização do trabalho pedagógico na EPT, traduzida no projeto PPC, considerando as perspectivas em disputa entre uma pedagogia centrado no capital e outra centrada no trabalho. E buscamos, por fim, compreender o PPC considerando os princípios da EPT.
No capítulo 3, "O que fazemos no dia a dia? O plano de ensino: questões epistemológicas e pedagógicas; a relação teoria-prática; a indissociabilidade das dimensões da formação", analisamos o plano de ensino ante as especificidades da EPT, e trouxemos reflexões sobre a relação teoria-prática no processo ensino-aprendizagem e sobre a integração ensino-pesquisa-extensão.
No capítulo 4, "Avaliação da aprendizagem na EPT? Questões epistemológicas e conceituais, práticas e desafios", tratamos de questões conceituais relacionadas à avaliação da aprendizagem na EPT, e apresentamos algumas considerações acerca das práticas e dos desafios nesse campo.
Neste capítulo 5, "Que caminhos queremos seguir? Avaliação institucional e de curso na EPT: a participação docente", abordamos aspectos mais amplos da avaliação da EPT, detendo-nos em algumas considerações sobre as concepções e os princípios avaliativos da EPT, bem como no próprio funcionamento desses processos; discorremos sobre práticas e desafios com foco nas questões da participação e da gestão democrática no campo da avaliação; e concluímos com algumas reflexões sobre a ideologia produtivista e críticas às avaliações externas em larga escala.
Esperamos que o conteúdo tenha suscitado curiosidade e instigado reflexão, e que possa servir, também, como um mapa ainda em estágio de esboço, no auxílio àqueles que se aventuram por esse território.